Meu nome é Marlon, sou professor de Extensão Rural do curso de Bacharelado em Agroecologia da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Tive o primeiro contato com Extensão Rural Agroecológica no ano de 2005 na cidade de Indiavaí - MT, Guarantã do Norte - MT e em Babaçulândia - TO, quando desenvolvemos através de um Projeto de Recuperação de Área Degradada - PRAD, a instalação de sistemas agroflorestais com elementos étnicos dos povos do Cerrado e da Amazônia. A partir daí a paixão pela extensão rural agroecológica, principalmente por considerar o ponto de vista dos povos tradicionais na sua produção alimentar agroflorestal, só tem aumentado. Participei de inúmeros projetos de recuperação e mitigação de áreas impactadas: barragens hidrelétricas, linhas de transmissão, reflorestamento, mineração; em todos estes projetos buscando junto às populações tradicionais circundantes do empreendimento um diálogo sobre como poderiam se recuperar as suas florestas e matas ancestrais. É um longo aprendizado, que continua até os dias atuais, mas que já conta com 25 anos de experiência no relacionamento com o produtor rural agroflorestal, principalmente em áreas diretamente atingidas (ADA) de empreendimentos públicos e privados.

Conheça mais vendo o vídeo: 

https://www.youtube.com/watch?v=K_jnbw6sbTI

 

 


Me chamo Marcelo Tempel Stumpf, gaúcho, engenheiro agrônomo e docente do curso de Agroecologia da FURG no campus de São Lourenço do Sul. Meu contato com a agroecologia começou através de leituras e conteúdos teóricos tratando do tema. Cheguei ao curso no ano de 2014, após ser aprovado em concurso que buscava profissional para lecionar temas relacionados à produção animal de bases ecológicas. Através do aprofundamento dos estudos e do contato mais prático com esse tipo de produção, despertei aquilo que sempre esteve latente em mim: o desejo de estudar e promover a sustentabilidade. Sinto-me realizado e feliz por ser um promotor da agroecologia, assim como tenho certeza de que estamos formando profissionais capazes de fomentar o que se desenha como o caminho sem volta para os sistemas produtivos, que é o caminho da produção aliada à conservação e promoção da saúde do ambiente em todos os seus âmbitos.

 

 


Meu nome é Patrícia Lovatto, bióloga, mestre em desenvolvimento regional, doutora e pós doutora em Sistemas de Produção Agrícola Familiar. Estou professora no curso de Agroecologia e Educação do Campo da FURG desde de 2019, dois cursos irmãos. No curso de Agroecologia, atuo nas disciplinas que envolvem epistemologia da Agroecologia, manejo agroecológico e estudo dos insetos. Minha caminhada junto a esse Curso é uma construção baseada em identidade, carinho e convicção de que a Agroecologia, como prática, movimento e ciência constitui o caminho para o nosso futuro comum, que é agora. A Agroecologia chegou na minha vida muito cedo, sob influência dos meus avós maternos, quando recebia lições sobre tecnologias construídas a partir do amor e da identidade com a Terra. Optei pela Biologia como formação acadêmica, justamente para compreender os processos de vida envolvidos na produção de alimentos e reprodução da vida a partir do reconhecimento do papel das diferentes culturas humanas na atividade agrícola e pecuária. Diante da insustentabilidade do modelo agrícola e agrário vigente, a Agroecologia para mim, constitui o horizonte claro e sereno, urgente de ser perseguido para que possamos alcançar vida digna e bem viver. A Natureza não pode ser vista como parcela a ser dominada, subordinada e controlada pela espécie humana. Nós somos a Natureza e urge esse retorno as nossas origens primitivas de cooperação, contemplação e exaltação da Natureza-Mãe. Para aquel@s que vivem alicerçad@s no imediatismo produtivista da ciência convencional, acredito que enquanto vivem alimentando essa ilusão real de progresso e desenvolvimento, NÓS, seguimos coletivamente o caminho inverso, alimentando essa utopia POSSÍVEL de que a AGROECOLOGIA, baseada na diversidades de vidas e de culturas, é a promotora de JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL, estabilidade, resistência, resiliência e SOBERANIA, características imprescindíveis para sonharmos e realizarmos um outro amanhã.